terça-feira, 29 de novembro de 2011

PARA APRENDER MAIS

Continuação da entrevista com Domenico Losurdo, parte 2.
Uma das coisa que eu mais gosto nele é o fato de se debruçar sobre a obra de um determinado autor para desmascarar as farsas que são repetidas ao longo da história. Aqui, por exemplo, ele refuta o argumento de que Hegel seja um idealista (a repetida frase: "Se as minhas idéias não se adaptam ao mundo, azar do mundo"). Bate com gosto em Karl Popper, um dos fundadores com Mont Pelerin Society, juntamente com Friedrich Hayek, Milton Friedman, Ludwig von Mises e outros, que disseminou a tese de que Hegel era um teórico da restauração.
Também joga luz nas interpretações metafísicas de Tocqueville, outro queridinho nos meios acadêmicos. Por hora, chega de papo e vamos ao vídeo.

sábado, 26 de novembro de 2011

PARA APRENDER

Uma vez, aqui nesse blog mesmo, disse que tinha um filósofo da história favorito. Entre o irônico e o ridículo, descobri que o meu filósofo da história favorito também tem um. Domenico Losurdo dedicou boa parte de seus estudos à compreensão dos escritos de G. W. F. Hegel.
Descobri também uma entrevista com Losurdo realizada por um brasileiro, Giulio Gerosa. A entrevista está dividida em 12 vídeos, cada um versando sobre uma indagação.
No total, pouco mais de uma hora. Que valem mais do que dias de leitura de jornal, anos de conversa fiada "acadêmica" ou mesmo décadas de informação televisiva. É uma aula com A maiúsculo, para quem se propõe a entender o mundo em que vivemos como conseqüência da história das idéias e das atitudes políticas.
Losurdo é instado a responder sobre questões que variam de temas universitários, como as idéias fetichistas de Nietzsche e Foucault, até à importância do comunismo nos dias atuais (ao que sai-se com uma resposta brilhante).
Losurdo é marxista, mas isso não o transforma em mais um hermético intérprete do alemão. Ao contrário, demonstra rara capacidade de relacionar teorias com as épocas correspondentes e extrair delas o "núcleo" perene que perpassa geração após geração. No caso dele, e no de quem lê e faz esse blog, o âmago do ideal é a emancipação e libertação da humanidade.

sábado, 12 de novembro de 2011

FALTA DE ASSUNTO


Honestamente, depois da notícia do câncer na laringe do ex-presidente Lula, nenhum dos fatos políticos que tomaram conta tanto do noticiário quanto da imprensa alternativa me chamou a atenção.
Um parêntese. Cada vez mais os blogs estão perdendo a pauta; melhor formulando, a grande imprensa traz notícias e nós a criticamos. Ainda em outros termos, proatividade e reatividade. Fecha parêntese.
Talvez seja só uma impressão minha. E das pessimistas. Mas essa confusão se dá perante o papel que os alternativos exerceram até hoje e qual exercerão daqui em diante em relação ao governo.
Sem a necessidade de carregar a borduna - Calma! Sei que essa necessidade ainda é gritante - pergunto aos que se julgam progressistas: foi para esse governo que lutamos? Como de costume, espero que a pergunta gere mais reflexões do que comentários.
Indo adiante na crise existencial, dado os rapapés para com FHC e os barões da mídia, começo a questionar a validade da expressão "PIG".
E o marco regulatório?
Ou ao menos uma similar Ley de Medios?
Por que a TV digital escolheu o padrão afeito à Rede Globo?
Qual o sentido do nome deste blog?
Acho que seria me rebaixar demais ir fuçar nas páginas do esterco cultural produzido pela Editora Abril, ou ligar a televisão e poluir o ambiente da minha casa para achar assunto e descer o cacete no PIG, uma vez que ele convive tão bem nos bastidores do poder com aqueles nos quais depositamos caminhões de esperança.

Não me isolei do mundo. Tampouco virei idealista. Ainda me sinto profundamente transtornado com o linchamento via satélite de Kadhafi. Poderia falar da reintrodução da Charia na Líbia, mas sobre isso já foi escrito.
Poderia falar sobre o colapso grego, mas tem uma cara de farsa, que aliás já denunciamos nas nossas modestas páginas que não vale mais outras linhas.
Sobre a questão uspiana não poderei contribuir com o debate, uma vez que não conheço o que se passa lá dentro. Eu e 99,99% da população, alijados desde sempre das fronteiras da Torre de Marfim que só se relaciona com a sociedade que a mantém em momentos cataclíticos como esses ou através da captação recursos privados para desvio das pesquisas que deveriam ser públicas.
Lógico que a maconha nesse caso é só uma cortina de fumaça.
(Que grande sacada! Como sou engraçado! A frase merece um parágrafo exclusivo).
Torço para que a conseqüência seja a abertura do diálogo com a sociedade. E que o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão finalmente fique de pé, pois para ser franco tenho dificuldade de exemplificar que diabos é a tal extensão!

Sobre o ex-ministro Orlando Silva, também muita gente boa já escreveu o que devia e o caldo do assunto esgotou. De resto apenas o ridículo papel do PCdoB estrebuchando em hasta pública, como se fosse o guardião da moral e dos bons costumes. Orlando Silva é só mais uma das cobras criadas pela UJS, aliás uma gorda jibóia que presidiu a UNE de 95 a 97. Quem já militou no movimento estudantil, conhece bem o padrão ético e moral desses "camaradas". Gostei do texto publicado pelo PCB - o verdadeiro partidão - acerca da propaganda enganosa que manobrou verdadeira deformação histórica e marcou talvez o epílogo do partido de João Amazonas.
Era isso.

Atualizando
Três condicionantes
SE tivesse lido o Flávio Gomes antes de postar essa ode ao ranzinza, teria material para publicar.
Mas lembraram que aí sairíamos da política em sentido estrito e entraríamos no esporte.
SE tivesse incorporado esse assunto poderia falar da prorrogação do contrato do Neymar com o Santos e a colossal cara de bosta dos porcalistas esportivos que venderam ele um milhão de vezes. Não valem um link, mas vou deixar a elegante postura do presidente do Santos ante a enxurrada de boatos que teve que desmentir.
SE tivesse esperado uma hora a mais, poderia falar da renúncia do Berlusconi, algo a ser comemorado.
Como diria o caipira, SE minha mãe fosse homem, eu teria dois pais.