Este blog surgiu em meados de março do ano passado, após algumas conversas e troca de vários emails. Numa escala inferior, almejávamos, assim como o Sr. Cloaca, "desmascarar a máfia midiática que infesta nosso país".
Muita água rolou debaixo da ponte, desde então. O Sr. Cloaca virou um fenômeno de popularidade e nós, bem nós continuamos aqui. Ou melhor, mudamos muito também. Convidei pessoas próximas, com afinidades entre elas ou não, mas cujas idéias também não se conformavam com a visão enviesada que a imprensa nacional dá aos acontecimentos.
Li alguns tutoriais de "como tornar seu blog mais popular" e a dica que mais me interessou foi uma que dizia para fazer comentários nos blogs afins. Assim, eu cheguei no Esquerdopata e no Anais Políticos, entre outros.
Só que logo em maio passado eu mudei de cidade; na verdade, para uma corrutela, donde meu acesso ficou prejudicado. Tive grandes perdas, imateriais, perto das quais a manutenção de um blog é a menor das querelas. Passo muito tempo sozinho, matutando, mas esses raciocínios se perdem antes de se formularem aqui. Eu mudei o significado de muita coisa. Os demais participantes do Antipig, sempre dispostos à luta, também acabaram consumindo suas energias noutras atividades, deixando o blog em segundo plano. Nem sei se devia dizer; contudo, não vou nomear. Um deles vem travando uma batalha contra a tendinite/tenosinuvite que já dura uns anos. Outro, se mandou para um doutorado. O mais radical foi mais radical: se separou, mudou de emprego e cidade. E o mais jovem deles, passou a dar aulas numa jornada pré-marxista de 16 horas-aula/dia. Isso é um resumo indigno das obstruções que o Antipig sofreu.
"Já de saída minha estrada entortou, mas vou até o fim". Ainda fez todo sentido escrever durante a campanha eleitoral. No calor da disputa, entre agosto e a eleição de Dilma Roussef foram mais de 50 postagens, a maioria delas autoral. Agora com os ânimos arrefecidos, vejo que até mesmo o companheiro de armas Esquerdopata nos retirou da sua lista de últimas notícias. Por certo por não trazermos nenhuma notícia nova.
Continuo lendo, sempre que possível, PHA, Azenha, Rodrigo Vianna, Eduardo Guimarães, Nassif, Miguel do Rosário, e outros de menor audiência, não necessariamente nesse ordem. Sem ironia, acho-os inteligentes pra burro! Na imensa maioria das vezes, me sinto representado por seus textos, seus argumentos, seus comentários. Penso em replicar artigos aqui, mas prefiro repassá-los por email, direcionando as mensagens para que eu quero atingir. Publicadas, a audiência é dispersa, quando não, nula. Em um ou outro caso pontual fico enfastiado, pois percebo que a batalha para se impor como um nova ótica, a que se opõe aos barões da mídia, é travada num território mesquinho, de picuinhas e reticências que não me emocionam nem um pouco. Sem dúvida que é necessária, mas nem por isso deixa de ser enfadonha.
Nos últimos dias, li algumas notícias que ensejariam algo a respeito. Um artigo de Vladimir Safatle, na FSP, com a declaração de umescroto ministro dinamarquês de que eles não são um Estado-Nação moderno, mas um tribo! Há algo de podre do reino da Dinamarca, a xenofobia explícita. Logo, temos que nos ater a um "programa diferenciado", para gente diferenciada, sacada legal do Antonio Farinaci: baladas de até R$ 15,00 (quando não na faixa) para quem perdeu o churrascão de Higienópolis. Pena que é só em Sampa...
Numa linha mais "séria", o cartunista (!) Maringoni desce à profundidade para analisar a relação dos governos petistas, de Lula a Dilma, com os demais partidos e com a classe trabalhadora. Extenso, polêmico, serviria de plataforma para um rico debate. Mas como ninguém comenta nada aqui, é melhor o Escrevinhador assumir sua republicação.
Mas voltando ao humor, lembrarei do Ziraldo: "É da natureza do humor ser impiedoso. O humor é o fiscal da falibilidade humana. Aceito que, às vezes é irresistível fazer uma piada sobre coisas tristes, mas, sem querer parecer bonzinho, sou meio desajeitado para bater em cara amarrado. Chamo 'bater em cara amarrado' o que se pode chamar de síndrome de Lynch. O cara passa por uma multidão que está linchando alguém, vê o pobre do linchado amarrado ao poste, vai lá e dá a sua porradinha". Como têm sido infelizes os membros do CQC. E eles prometiam tanto. Primeiro, ocretino pseudo-sagaz Rafinha Bastos faz uma exortação ao estupro como ato de caridade, espezinhando as vítimas, todas, segundo ele, feias. Segundo ele, para "chocar". Depois, Danilo Gentili querendo fazer gracinha em cima do episódio da estação de metrô em Higienópolis, faz remissão aos judeus do bairro e os vagões que conduziam à Auschwitz. Para completar o cenário de cooptação, Marcelo Tas, tal qual seu xará, Marcelo Madureira, no Instituto Millenium, grasnando qualquer verborragia contra o PT em nome da "liberdade de imprensa". Nem vou linkar essas merdas de notícia. O que resta é que o humor "politicamente incorreto" virou "politicamente fascista". Mas evitemos, custe o que custar, a expressão "fascista", pois "fascista" é politicamente incorreto". Entenderam?
Para finalizar (nem vou entrar na polêmica imbecil acerca do livro 'Por uma vida melhor': as motivações dos críticos são torpes demais), mais uma vez Palocci está na berlinda. Primeiro, li a análise do Brizola Neto, para quem todo esse alarme tem um alvo indireto, a presidenta Dilma. Mas simpatizo mais com a tese do Marco Aurélio Mello: Palocci devia pegar o boné, antes de se perder no discurso de que todos fazem...
Aprendi na 4.ª série, além dos primeiros passos na gramática normativa, que o que não pode ser dito não deve ser feito...
Muita água rolou debaixo da ponte, desde então. O Sr. Cloaca virou um fenômeno de popularidade e nós, bem nós continuamos aqui. Ou melhor, mudamos muito também. Convidei pessoas próximas, com afinidades entre elas ou não, mas cujas idéias também não se conformavam com a visão enviesada que a imprensa nacional dá aos acontecimentos.
Li alguns tutoriais de "como tornar seu blog mais popular" e a dica que mais me interessou foi uma que dizia para fazer comentários nos blogs afins. Assim, eu cheguei no Esquerdopata e no Anais Políticos, entre outros.
Só que logo em maio passado eu mudei de cidade; na verdade, para uma corrutela, donde meu acesso ficou prejudicado. Tive grandes perdas, imateriais, perto das quais a manutenção de um blog é a menor das querelas. Passo muito tempo sozinho, matutando, mas esses raciocínios se perdem antes de se formularem aqui. Eu mudei o significado de muita coisa. Os demais participantes do Antipig, sempre dispostos à luta, também acabaram consumindo suas energias noutras atividades, deixando o blog em segundo plano. Nem sei se devia dizer; contudo, não vou nomear. Um deles vem travando uma batalha contra a tendinite/tenosinuvite que já dura uns anos. Outro, se mandou para um doutorado. O mais radical foi mais radical: se separou, mudou de emprego e cidade. E o mais jovem deles, passou a dar aulas numa jornada pré-marxista de 16 horas-aula/dia. Isso é um resumo indigno das obstruções que o Antipig sofreu.
"Já de saída minha estrada entortou, mas vou até o fim". Ainda fez todo sentido escrever durante a campanha eleitoral. No calor da disputa, entre agosto e a eleição de Dilma Roussef foram mais de 50 postagens, a maioria delas autoral. Agora com os ânimos arrefecidos, vejo que até mesmo o companheiro de armas Esquerdopata nos retirou da sua lista de últimas notícias. Por certo por não trazermos nenhuma notícia nova.
Continuo lendo, sempre que possível, PHA, Azenha, Rodrigo Vianna, Eduardo Guimarães, Nassif, Miguel do Rosário, e outros de menor audiência, não necessariamente nesse ordem. Sem ironia, acho-os inteligentes pra burro! Na imensa maioria das vezes, me sinto representado por seus textos, seus argumentos, seus comentários. Penso em replicar artigos aqui, mas prefiro repassá-los por email, direcionando as mensagens para que eu quero atingir. Publicadas, a audiência é dispersa, quando não, nula. Em um ou outro caso pontual fico enfastiado, pois percebo que a batalha para se impor como um nova ótica, a que se opõe aos barões da mídia, é travada num território mesquinho, de picuinhas e reticências que não me emocionam nem um pouco. Sem dúvida que é necessária, mas nem por isso deixa de ser enfadonha.
Nos últimos dias, li algumas notícias que ensejariam algo a respeito. Um artigo de Vladimir Safatle, na FSP, com a declaração de um
Numa linha mais "séria", o cartunista (!) Maringoni desce à profundidade para analisar a relação dos governos petistas, de Lula a Dilma, com os demais partidos e com a classe trabalhadora. Extenso, polêmico, serviria de plataforma para um rico debate. Mas como ninguém comenta nada aqui, é melhor o Escrevinhador assumir sua republicação.
Mas voltando ao humor, lembrarei do Ziraldo: "É da natureza do humor ser impiedoso. O humor é o fiscal da falibilidade humana. Aceito que, às vezes é irresistível fazer uma piada sobre coisas tristes, mas, sem querer parecer bonzinho, sou meio desajeitado para bater em cara amarrado. Chamo 'bater em cara amarrado' o que se pode chamar de síndrome de Lynch. O cara passa por uma multidão que está linchando alguém, vê o pobre do linchado amarrado ao poste, vai lá e dá a sua porradinha". Como têm sido infelizes os membros do CQC. E eles prometiam tanto. Primeiro, o
Para finalizar (nem vou entrar na polêmica imbecil acerca do livro 'Por uma vida melhor': as motivações dos críticos são torpes demais), mais uma vez Palocci está na berlinda. Primeiro, li a análise do Brizola Neto, para quem todo esse alarme tem um alvo indireto, a presidenta Dilma. Mas simpatizo mais com a tese do Marco Aurélio Mello: Palocci devia pegar o boné, antes de se perder no discurso de que todos fazem...
Aprendi na 4.ª série, além dos primeiros passos na gramática normativa, que o que não pode ser dito não deve ser feito...
3 comentários:
Caros do Blog,
Leiam no blog Terragoyazes: Réquiem para Higienópolis City!
Acabando de sair do forno!
No endereço: http://terragoyazes.zip.net
Estava eu mais uma vez lendo O ANTI-PIG, quando me dei conta de quanto omisso me tornei.
Regozijei-me ao ver a mais que merecida homenagem ao Cavaleiro da Esperança Luís Carlos Prestes, lembrei de outros que me inspiram a levantar todos os dias e questionar a manutenção do status quo.
Mas me levantar não basta, questionar não é o suficiente, a grande diferença entre meus ídolos e o restantes dos homens é a coragem e o sacrifício que fizeram.
Sacrifício este que nunca depôs contra sua consciência, nunca lhes garantiu status, mas deixou exemplo para as próximas gerações.
O relato do Texto, foi um tanto quanto provocante.
A partir de hoje irei comentar cada poste com a devida dedicação, mas sem a delicadeza deste comentário. Não é dá minha natureza ser tão gentil.
Brindemos aos mortos, principalmente a Antonio Palocci, que não invente de dar uma de Lázaro. Morto de continuar morto. Assim coexiste o resto do universo. HAHAHAHA
Palocci foi quase um imortal para o meu desgosto.
Correção: Morto deve continuar morto.
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