O texto abaixo vem de encontro ao atual propósito do ANTIPIG, qual seja, de superar a mera crítica à distorção em forma de “jornalismo” com que nos deparamos e veicular notícias com um cunho diferente do que está disponível no PIG. Por outro lado, ele fere uma das nossas premissas editorias, que é não reproduzir, e sim produzir nossas postagens.
Como se vê dispõem-se de forma pendular os prós e contras que fundamentam nossa decisão, de publicá-lo. Sem casuísmo, entendemos que é mais relevante o conteúdo do que a forma. Ou seja, ainda que não tenhamos competência para escrever de maneira tão lúcida, endossamos integralmente a idéia de que vivemos um período impar na nossa história, de oportunidades, crescimento e inclusão social.
Como se vê dispõem-se de forma pendular os prós e contras que fundamentam nossa decisão, de publicá-lo. Sem casuísmo, entendemos que é mais relevante o conteúdo do que a forma. Ou seja, ainda que não tenhamos competência para escrever de maneira tão lúcida, endossamos integralmente a idéia de que vivemos um período impar na nossa história, de oportunidades, crescimento e inclusão social.
E essa é uma pequena metáfora da vida. Nossas decisões (racionais) são baseadas nos valores em disputa. Seja o cidadão comum, seja o mais alto dignatário representante do povo no governo, todos estamos sujeitos a essas decisões, e os erros e acertos dela decorrentes. E o que precede a decisão? O conhecimento dos valores. Malemá, falamos de ética.
Quando um veículo de imprensa opta por encampar uma abordagem enviesada, cheia de ódio e ressentimento, também percebemos uma escolha ética. A ética da vantagem pessoal (ou do grupinho do qual faz parte), da segregação, da desigualdade, dos fins (derrubar o governo “adversário”) justificando os meios (qualquer torpeza publicável). Conhecendo os valores, sabendo pelo que prezamos, não faz muito sentido tentar corrigir o incorrigível, o PIG e a sua postura política.
Ademais, é simplesmente delicioso ver um torneiro mecânico, tantas vezes menosprezado pela sua falta de instrução formal, dar uma aula, integrando disciplinas como macroeconomia, geopolítica e gestão pública, além de sua notável sensibilidade, nos acadêmicos da catástrofe.
Quando um veículo de imprensa opta por encampar uma abordagem enviesada, cheia de ódio e ressentimento, também percebemos uma escolha ética. A ética da vantagem pessoal (ou do grupinho do qual faz parte), da segregação, da desigualdade, dos fins (derrubar o governo “adversário”) justificando os meios (qualquer torpeza publicável). Conhecendo os valores, sabendo pelo que prezamos, não faz muito sentido tentar corrigir o incorrigível, o PIG e a sua postura política.
Ademais, é simplesmente delicioso ver um torneiro mecânico, tantas vezes menosprezado pela sua falta de instrução formal, dar uma aula, integrando disciplinas como macroeconomia, geopolítica e gestão pública, além de sua notável sensibilidade, nos acadêmicos da catástrofe.
Pode ser encontrado em:
http://www.institutolula.org/artigo-de-lula-por-que-o-brasil-e-o-pais-das-oportunidades/#.UwyJuIV9O8A
http://www.valor.com.br/opiniao/3442426/por-que-o-brasil-e-o-pais-das-oportunidades
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/02/25/aula-de-lula-faz-o-pig-chorar-de-raiva/
Por que o Brasil é o país das oportunidades
Passados cinco
anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas
já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas
para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com
inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora
de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de
estabilidade que poucos podem apresentar.
Nos últimos 11
anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu
4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108
bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores
destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de
automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em
carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.
Reduzimos a
inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la
ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas
margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do
emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do
PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da
previdência caíram em relação ao PIB.
Colocamos os
mais pobres no centro das políticas econômicas, dinamizando o mercado e
reduzindo a desigualdade. Criamos 21 milhões de empregos; 36 milhões de pessoas
saíram da extrema pobreza e 42 milhões alcançaram a classe média.
Quantos países
conseguiram tanto, em tão pouco tempo, com democracia plena e instituições
estáveis?
A novidade é que
o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se um competidor global. E
isso incomoda; contraria interesses. Não é por outra razão que as contas do
país e as ações do governo tornaram-se objeto de avaliações cada vez mais
rigorosas e, em certos casos, claramente especulativas. Mas um país robusto não
se intimida com as críticas; aprende com elas.
A dívida pública
bruta, por exemplo, ganhou relevância nessas análises. Mas em quantos países a
dívida bruta se mantém estável em relação ao PIB, com perfil adequado de
vencimentos, como ocorre no Brasil? Desde 2008, o país fez superávit primário
médio anual de 2,58%, o melhor desempenho entre as grandes economias. E o
governo da presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar o esforço fiscal
necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.
Acumulamos US$
376 bilhões em reservas: dez vezes mais do que em 2002 e dez vezes maiores que
a dívida de curto prazo. Que outro grande país, além da China, tem reservas
superiores a 18 meses de importações? Diferentemente do passado, hoje o Brasil
pode lidar com flutuações externas, ajustando o câmbio sem artifícios e sem
turbulência. Esse ajuste, que é necessário, contribui para fortalecer nosso
setor produtivo e vai melhorar o desempenho das contas externas.
O Brasil tem um
sistema financeiro sólido e expandiu a oferta de crédito com medidas
prudenciais para ampliar a segurança dos empréstimos e o universo de tomadores.
Em 11 anos o crédito passou de R$ 380 bilhões para R$ 2,7 trilhões; ou seja, de
24% para 56,5% do PIB. Quantos países fizeram expansão dessa ordem reduzindo a
inadimplência?
O investimento
do setor público passou de 2,6% do PIB para 4,4%. A taxa de investimento no
país cresceu em média 5,7% ao ano. Os depósitos em poupança crescem há 22
meses. É preciso fazer mais: simplificar e desburocratizar a estrutura fiscal,
aumentar a competitividade da economia, continuar reduzindo aportes aos bancos
públicos, aprofundar a inclusão social que está na base do crescimento. Mas não
se pode duvidar de um país que fez tanto em apenas 11 anos.
Que país
duplicou a safra e tornou-se uma das economias agrícolas mais modernas e
dinâmicas do mundo? Que país duplicou sua produção de veículos? Que país
reergueu do zero uma indústria naval que emprega 78 mil pessoas e já é a
terceira maior do mundo?
Que país ampliou
a capacidade instalada de eletricidade de 80 mil para 126 mil MW, e constrói
três das maiores hidrelétricas do mundo? Levou eletricidade a 15 milhões de
pessoas no campo? Contratou a construção de 3 milhões de moradias populares e
já entregou a metade?
Qual o país no
mundo, segundo a OCDE, que mais aumentou o investimento em educação? Que
triplicou o orçamento federal do setor; ampliou e financiou o acesso ao ensino
superior, com o Prouni, o FIES e as cotas, e duplicou para 7 milhões as
matrículas nas universidades? Que levou 60 mil jovens a estudar nas melhores
universidades do mundo? Abrimos mais escolas técnicas em 11 anos do que se fez
em todo o Século XX. O Pronatec qualificou mais de 5 milhões de trabalhadores.
Destinamos 75% dos royalties do petróleo para a educação.
E que país é
apontado pela ONU e outros organismos internacionais como exemplo de combate à
desigualdade?
O Brasil e
outros países poderiam ter alcançado mais, não fossem os impactos da crise
sobre o crédito, o câmbio e o comércio global, que se mantém estagnado. A
recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a
economia mundial reflete a retirada dos estímulos do Fed. E, mesmo nessa
conjuntura adversa, o Brasil está entre os oito países do G-20 que tiveram
crescimento do PIB maior que 2% em 2013.
O mais notável é
que, desde 2008, enquanto o mundo destruía 62 milhões de empregos, segundo a
Organização Internacional do Trabalho, o Brasil criava 10,5 milhões de
empregos. O desemprego é o menor da nossa história. Não vejo indicador mais
robusto da saúde de uma economia.
Que país
atravessou a pior crise de todos os tempos promovendo o pleno emprego e
aumentando a renda da população?
Cometemos erros,
naturalmente, mas a boa notícia é que os reconhecemos e trabalhamos para
corrigi-los. O governo ouviu, por exemplo, as críticas ao modelo de concessões
e o tornou mais equilibrado. Resultado: concedemos 4,2 mil quilômetros de
rodovias com deságio muito acima do esperado. Houve sucesso nos leilões de
petróleo, de seis aeroportos e de 2.100 quilômetros
de linhas de transmissão de energia.
O Brasil tem um
programa de logística de R$ 305 bilhões. A Petrobras investe US$ 236 bilhões
para dobrar a produção até 2020, o que vai nos colocar entre os seis maiores
produtores mundiais de petróleo. Quantos países oferecem oportunidades como
estas?
A classe média
brasileira, que consumiu R$ 1,17 trilhão em 2013, de acordo com a Serasa/Data
Popular, continuará crescendo. Quantos países têm mercado consumidor em
expansão tão vigorosa?
Recentemente
estive com investidores globais no Conselho das Américas, em Nova Iorque, para
mostrar como o Brasil se prepara para dar saltos ainda maiores na nova etapa da
economia global. Voltei convencido de que eles têm uma visão objetiva do país e
do nosso potencial, diferente de versões pessimistas. O povo brasileiro está
construindo uma nova era – uma era de oportunidades. Quem continuar acreditando
e investindo no Brasil vai ganhar ainda mais e vai crescer junto com o nosso
país.
Luiz Inácio
Lula da Silva
é ex-presidente da República e presidente de honra do PT
Um comentário:
Muito bom, Marco. Chego a supor que quem tenha de fato escrito o artigo tenha sido algum assessor econômico do ex-presidente alcunhado tolamente de 'apedeuta' - mas se foi, Lula é que escolheu as pessoas que o assessoram. Uma das virtude de Lula, aliás, é agregar pessoas. Só sinto falta no teu blog dos botões de compartilhamento. Abraço forte e bom Carnaval! (ainda é tempo)
Postar um comentário