sábado, 10 de julho de 2010

CAPA DA VEJA

O capa da Veja é um dos sujeitos mais execráveis desse país. Felizmente, perde poder diuturnamente e hoje só influência uma meia dúzia de bobos, quase obrigatoriamente paulistas e de classe média.
Mas não é do capa que eu quero falar, e sim das capas. Essa era uma das idéias originais do blog. Comentar as capas dessa revista asquerosa. E eis que me deparo com um post do amigo esquedopata:

Uma de 2002 e outra de 2010. A linha editorial dessa revista já superou qualquer parâmetro de jornalismo. Dispensa maiores considerações. Apenas para refrescar a memória, alguns momentos dessa história:

Em 1988, criando um candidato. Ainda hoje é impensável tornar popular um obscuro político alagoano, qualquer que seja sua matiz ideológica. Um trabalho de equipe, dos Marinho e Civita de mãos dadas.

2003. A ameaça à classe média não é dissimulada. Tão felizes em refestelar com as migalhas caídas da mesa dos nobres, entram em polvorosa quando o assunto é repartir a riqueza do país, ciosos da sua condição vassala.

2008. O maniqueísmo é outra marca registrado do panfleto que ainda vive dos suspiros da guerra fria. Achávamos que ninguém endossaria o discurso chauvista de Gerorge W. Bush acerca do "eixo do mal". Na verdade, parece ter sido escrito por Mainardi, Azevedo e caterva.

Essa é de fevereiro desse ano. Dilma sisuda, carrancuda, e com um artigo para lá de especial anunciado sob sua cabeça.

Mas a sequência, logo em abril que é de arrepiar. Nosferatu, de gengivas escondidas, parece o amiguinho das crianças que tomam banho e obedecem a mamãe. É uma cópia descarada da foto da capa da Time com o Obama.
Poderia ir longe, mas vou parar por aqui deixando apenas uma sugestão de leitura: VEJA: o indispensável partido neoliberal (1989-2002), de Carla Luciana Silva, Edunioeste, 2009, 258 páginas.
Mais sobre o livro você encontra aqui:
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2010/05/471190.shtml

2 comentários:

Márcio Scott Teixeira disse...

A Veja parece aqueles senhores linha-dura que com o passar da idade se tornam alienados à realidade.

Marco disse...

Faltou uma capa que na hora de postar eu esqueci... Uma de 2008, aos 40 anos do assassinato de Che Guevara, que o chamava de "cholo" (porco) na capa. O clima de guerra fria nunca acaba para essa editora. O título era, se não me engano: "Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa".