Há 15 anos, Renato Russo morria.
Sem maior estardalhaço.
Eu tinha certa implicância com ele, e com a banda, por serem excessivamente "midiáticos". Via a fabricação de personagens cult sem lastro para tanto. Em perspectiva, e em principalmente em comparação com o que veio depois, vejo que estava no mínimo exagerando, para não dizer que estava errado.
Duas posições antagônicas me deixavam em conflito.
A primeira é que frente a minha postura adolescente, um rebelde, heavy, cabeludo, fã de músicos virtuosos e de guitar shredders, Legião Urbana representava o ápice da babaquice poseur. E como tinham o apoio da massa, falar mal deles reforçava minha natureza contestatória.
Mas, no conforto do lar, ou melhor, de um Gol 91, com meu irmão e minha mãe, que nos conduziu várias vezes pelas estradas que ligam Goiás a São Paulo, cantarolava feliz da vida Legião Urbana. O coro era sempre presente. Começávamos nos Beatles. An passant, um pouco de The Guess Who, Creendence... Eu tentava inserir algumas baladas tipo One ou Fade to Black, mas em nome do consenso partíamos para Legião. Cantávamos em nome da paz. Do Roadstar saíam os clássicos compilados no "Música para acampamento", que por sua vez estavam pirateados numa fita K-7 vendida em postos de gasosa na beira da rodovia.
Tenho saudades.
Tanto da adolescência mal resolvida quando das infinitas horas viajando com minha família.
Não tenho mais o tempo que passou.
Sem maior estardalhaço.
Eu tinha certa implicância com ele, e com a banda, por serem excessivamente "midiáticos". Via a fabricação de personagens cult sem lastro para tanto. Em perspectiva, e em principalmente em comparação com o que veio depois, vejo que estava no mínimo exagerando, para não dizer que estava errado.
Duas posições antagônicas me deixavam em conflito.
A primeira é que frente a minha postura adolescente, um rebelde, heavy, cabeludo, fã de músicos virtuosos e de guitar shredders, Legião Urbana representava o ápice da babaquice poseur. E como tinham o apoio da massa, falar mal deles reforçava minha natureza contestatória.
Mas, no conforto do lar, ou melhor, de um Gol 91, com meu irmão e minha mãe, que nos conduziu várias vezes pelas estradas que ligam Goiás a São Paulo, cantarolava feliz da vida Legião Urbana. O coro era sempre presente. Começávamos nos Beatles. An passant, um pouco de The Guess Who, Creendence... Eu tentava inserir algumas baladas tipo One ou Fade to Black, mas em nome do consenso partíamos para Legião. Cantávamos em nome da paz. Do Roadstar saíam os clássicos compilados no "Música para acampamento", que por sua vez estavam pirateados numa fita K-7 vendida em postos de gasosa na beira da rodovia.
Tenho saudades.
Tanto da adolescência mal resolvida quando das infinitas horas viajando com minha família.
Não tenho mais o tempo que passou.
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