“Por mais que as cruentas e inglórias batalhas do
cotidiano tornem o homem duro ou cínico o suficiente para ele
permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre
haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave
onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na
vida. Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou
endurecer, de forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua
sensibilidade e por ai despertá-lo, tirá-lo da apatia, essa
grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se
sujeita, e inquietá-lo e comovê-lo para as lutas comuns da
libertação”.
Plínio Marcos, Canções
e Reflexões de um Palhaço
Um comentário:
Legal. Meu pai dirigiu uma montagem no antigo TAG (Teatro de Arena da Guanabara) de "Dois Perdidos em uma Noite Suja", do Plínio Marcos. Também participou de um filme com o Vianninha, chamado 'Um Homem Sem Importância', do Alberto Salvá, uma obra muito interessante dos anos 70.
Já que a data alusiva aos pais foi ontem, faço essa evocação!
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