sábado, 31 de julho de 2010

JÁ VAI TARDE

Tenho uma confissão a fazer: nunca li uma coluna do Mainardi. E mais: a última vez que li Veja, acho que estava me preparando para o vestibular, e os colonistas eram o Jô Soares e o Millor Fernandes. Para completar meu quadro de "alienação": nunca assisti ao programa Manhattan Connection, da GNT. Aliás, tem mais de 10 anos que eu não assino nenhuma programação televisiva paga.
Apesar disso, é inegável o estrago que esse sujeito conseguiu causar na liberdade de imprensa, historicamente frágil no nosso país. O ordinário se propôs a funcionar como uma espécie de balão de ensaio para mensurar até onde a sordidez dos ataques pessoais poderia chegar. E ultrapassou esse limite. E várias vezes.
Agora, o modelo se esgotou. Como fonte de provocação e consequente retorno publicitário, passou a ser oneroso demais para o grupo Abril manter Mainardi em seu quadro funcional. Ademais, nenhuma marca gostaria de associar sua imagem à de um indíviduo que se dedica a "destruir reputações", escrevendo a soldo o que ditam os representantes da nossa elite.
Sai corrido do país. Talvez arme nova trincheira para continuar seus ataques repulsivos sem uma cobertura jurídica para o policiar. Seria bom que carregasse junto outros próceres de jornalismo marrom, como Reinaldo Azevedo, Josias de Souza e caterva. A distância da sua perfídia já é um alento.
Melhor ainda seria se a justiça agisse de forma célere, antes que o criminoso fuja.

Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge

Por Altamiro Borges

Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

“Fim de uma era de infâmia”

Luis Nassif também suspeita que Mainardi vá deixar o país para evitar a Justiça. A referência ao medo de ser preso “é real. Condenado a três meses de prisão por calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga, como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho. Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Ele foge para todo lado”.

Para o blogueiro que já foi alvo das agressões do pitbul da Veja, o festejado anúncio representa “o fim de uma era de infâmia”. “O problema não é o Mainardi. Ele é apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra. Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro”.

“Sou um conspirador da elite”

André Cintra, editor de mídia do portal Vermelho, apresenta ainda outra hipótese. Ele constatou que Mainardi perdeu espaços na imprensa, inclusive na Veja. “Ele perdeu credibilidade e, talvez, renda”. Essa suspeita já fora apontada, algum tempo atrás, por Alberto Dines, do Observatório da Imprensa. “Há poucos meses, ele puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Veja já não agüenta tanta fanfarronada”.

Levanto aqui outra suspeita. Filhinho de pai, Mainardi sempre fez turismo pelo mundo. Ele não tem qualquer vínculo com o país e seu povo. Até escreveu um livro sugestivamente intitulado de “Contra o Brasil”. Na fase recente, com a eleição de Lula, seu ódio ficou mais doentio. “Sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/08/05). Ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com a sua reeleição.

Coitado do cão sarnento

Este “difamador travestido de jornalista”, como bem o definiu o ministro Franklin Martins, fez inimigos por todos os lados. Satanizou o sindicalismo, o MST, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apoiou o genocídio dos EUA no Iraque e destilou veneno contra Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. O seu egocêntrico “tribunal macartista mainardiano”, no qual fez acusações levianas contra vários jornalistas, gerou protestos das entidades do setor.

Odiado por todos e prevendo a derrota do seu candidato nas eleições de 2010, Mainardi anuncia agora: “Vou embora”. Talvez não sinta mais clima para ficar no país e perceba que suas bravatas fascistas não convencem muita gente. Teme até ser preso por suas difamações e calúnias. Não agüentaria a continuidade da experiência aberta pelo presidente Lula, com a eleição de Dilma Rousseff. No twitter, brinquei que sua fuga lembra o cachorro sarnento que abandona o próprio dono. Muitos reagiram: é sacanagem com o pobre animalzinho. Concordo e peço desculpas!

http://altamiroborges.blogspot.com/2010/07/temendo-ser-preso-diogo-mainardi-foge.html

Realmente é muito injusta a comparação com o cão, símbolo de lealdade e companheirismo.

Um comentário:

james brasil de kur disse...

como vai tarde!
se ficar o bicho come! então, foge.