segunda-feira, 20 de setembro de 2010

BALA DE PRATA

Sem levar em conta a possibilidade (real) de golpe midiático, a eleição brasileira caminha para ser resolvida no 1.º turno, com a vitória da continuidade do Governo Lula, através de sua sucessora, Dilma Roussef. Um projeto que mostra saldo bastante favorável. Não que seja o melhor dos cenários imagináveis, mas é um governo que investe muito mais que qualquer outro na área social e que mantém a economia em alta, como mostram os índices de crescimento. Tudo isso sem contrair empréstimos junto ao FMI ou outros países, pelo contrário: o Brasil de hoje é credor na praça.


A candidatura de oposição do PSDB/DEM, pouco acostumada a ser oposição, continua sem rumo. Num primeiro instante, Serra tentou passar a imagem de “amigo” do Lula. Não colou, principalmente porque foi desmentido pelo próprio Presidente. Além disso, Serra é cria de FHC, o que ele tenta esconder a todo custo, por ser um ex-presidente impopular, que vendeu o patrimônio público a preço de banana para seus compadres, deixando o país quebrado, no arrocho e no desemprego.


Uma série de outros equívocos pontua a campanha serrista. Antipático por natureza, Serra tenta parecer um político carismático, próximo ao povo, coisa que não é nem está no seu perfil. Além de estranho, ficou ridículo ser chamado nos comerciais e jingles de “Zé”, bem como a favela cenográfica, nada a ver com a realidade.


Agora, como é tradição nessas campanhas políticas, começou a apelação. Não tendo nem argumentos, nem projeto para o país, Serra e os marqueteiros da sua campanha começam a espalhar boatos. Com esses boatos tentam incutir o medo nas pessoas, a ameaça, o terror. Nessa estratégia de marketing os grandes meios de comunicação (Globo, Revista Veja e Editora Abril, alguns jornais paulistas) ficam reproduzindo o material que será usado na campanha do Serra.


Foi assim na história do sigilo fiscal. Foi assim na história da propina na Casa Civil. Tentaram incriminar pessoalmente a Dilma (como já fizeram antes com o próprio Lula). O acesso ao sigilo fiscal da patotinha do PSDB foi em 2009, quando Serra nem era candidato, estava envolvido numa guerra suja com Aécio Neves para ver quem seria o candidato do PSDB. Serra e seus aliados da grande imprensa tentaram assassinar a reputação do Aécio, acusando-o de viciado em cocaína e até de bater em mulher. Esse é o método do Serra. Na caso da suposta propina, aparece na Veja um tal de Fábio Bacarat que faz lobby para uma MTA. A empresa nega qualquer contato com Fábio, que pessoalmente desmente o conteúdo da “reporcagem”. Depois, aparece na Folha e na Globo o estelionatário Rubens Quícoli em nome da ERBS, que também, de chofre, nega contato com o falsário. A história está todinha desmontada no Blog do Nassif.


Voltando ao caso de sigilo, as verdadeiras perguntas não foram feitas: Qual o benefício da candidatura apoiada por Lula, com 80% de popularidade na suposta “espionagem”? Se fosse o caso de “espionagem” porque não acessar os dados direto na fonte, e sim numa delegacia da receita federal de uma cidade da Grande São Paulo? Em que a divulgação desses dados prejudica a candidatura tucana? Para que existe o sigilo bancário e fiscal? Como isso funciona em outros países? É do interesse público o acesso à contabilidade das empresas e dos empresários e mais recentemente, dos políticos?


Recebi esse arquivo em anexo. É mais uma tentativa covarde de desqualificar a Dilma, com se ela fosse a vilã na história e o soldado que defendia a ditadura uma vítima! É como se a história mostrasse os soldados nazistas bonzinhos, com suas famílias, entre flores e violões, sendo atacados pelos malvados aliados. Inverteram os papéis, pois o único lado da justiça, de uma pessoa de bem naqueles tempos, era lutar pela democracia. A Ditadura militar no Brasil fez muitas vítimas (muito mais na sociedade do que dentro dos quartéis), mas a maior de todas foi o povo brasileiro, que viveu sufocado na repressão durante 21 anos.


Reflitam a respeito e repassem para que mais pessoas possam ter consciência de que novamente querem dar um golpe no povo brasileiro.





Quando tirarem as minhas pernas andarei com as pernas do povo.

Se eles tirarem os meus braços, gesticularei com o braço do povo.
Se tirarem meu coração, amarei com o coração do povo.
Se tirarem minha cabeça, pensarei com a cabeça de vocês.
Porque não adianta esquartejar e salgar a carne como fizeram com Tiradentes.
A carne você mata...
Mas as idéias sobrevivem.” (LULA)

2 comentários:

blog do teacher Ramos disse...

Na verdade, companheiro, gostei muito da citação atribuída a Lula ao pé do texto. Gostaria, se possível, saber onde o quando ele a pronunciou.

Márcio Scott Teixeira disse...

A última do PIG é atribuir à Dilma uma parceira homosexual ou que ela é a favor do aborto?