Leningrado, Moscou e Kiev eram as cidades a ser conquistadas, tanto pelo seu valor simbólico como por sua importância estratégica. A tomada da grande capital do Norte, construída por Pedro, o Grande, em 1703, impediria a URSS de ter qualquer acesso ao Mar Báltico, tornando a sua esquadra inútil. Conquistar Moscou significava provocar um enorme impacto moral sobre a população russa, pois a capital soviética era considerada não só o núcleo do poder e da economia da Rússia, como também o seu centro espiritual e religioso. Tomar de assalto Kiev, a capital da Ucrânia, por fim, permitiria açambarcar a riqueza cerealística da União Soviética e as suas imensas estepes de fértil terra preta, onde um punhado de sementes jogadas fazia crescer maravilhas. Bem sucedida, a Operação Barbarossa, num primeiro momento, cortaria a URSS ao meio, separando o centro-norte, urbanizado e industrializado, do Sul, rico em alimentos e matérias-primas. Hitler, porém, determinou que não queria batalhas dentro das cidades. As forças soviéticas deveriam ser destruídas nos campos para que assim as cidades russas, uma a uma, caíssem no controle da Wehrmacht (o exército alemão) como uma fruta madura se desprende de uma árvore levemente sacudida.
von Leeb, von Bock e von Rundstedt
Os Grupos de Exército e suas Metas
Grupos de Exército | Divisões | Objetivos |
Norte (Mal. von Leeb) | 21 divisões e 1 grupo panzer (Gen. Hoepner) | Leningrado, junção com forças finlandesas |
Centro (Mal. Von Bock) | 32 divisões e 2 grupos panzer (Gens. Hoth e Guderian) | Moscou |
Sul (Mal. Von Rundstedt) | 60 divisões, 1 grupo panzer e os corpos húngaros, romenos e italianos | Kiev e a Ucrânia, rumando depois para o Caucaso |
(*) Quanto ao volume do material bélico ele se compunha de 3580 tanques e carros de combate, 7.184 canhões e 5000 (1.830 na primeira fase) aviões, além de 600 mil veículos de todos os tipos e de 750 mil cavalos. (Fonte: Paul Carell- Unternehmen Barbarossa).
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