Alocução de Stalin: 3 de julho de 1941
Esta guerra nos foi imposta, achando-se o nosso país empenhado agora numa luta de vida ou morte contra o mais pérfido e maligno dos seus inimigos, o Fascismo Alemão. Nossas tropas se batem heroicamente em situação desvantajosa, contra um adversário fortemente armado de tanques e aviões... O grosso das tropas soviéticas, equipado com milhares de tanques e aviões, somente agora começa a participar dos combates... Unido ao Exército Vermelho, todo o nosso povo se levanta para defender a Pátria.
O inimigo é cruel e impiedoso. Quer a nossa terra, o nosso trigo e o nosso petróleo. Visa a restauração do poder do latifúndio, ao restabelecimento do Czarismo e a destruição da cultura nacional dos povos da União Soviética; quer fazer-nos escravos de príncipes e barões germânicos.
Nas nossas fileiras não haverá lugar para os fracos e os covardes, para os desertores e causadores de pânico. Nosso povo será destemido na luta e combaterá com abnegação na guerra patriótica de libertação contra os escravizadores fascistas.
É preciso que coloquemos imediatamente a nossa produção em pé de guerra e que ponhamos tudo ao serviço da Frente e da preparação da derrota do inimigo. 0 Exército Vermelho, a Marinha e todo povo soviético defenderão, polegada a polegada, o solo da nossa Pátria, lutaremos até a ultima gota de sangue em cada cidade e em cada aldeia já... Organizaremos todo o tipo de ajuda ao Exército Vermelho, faremos com que as suas fileiras sejam constantemente renovadas, dar-lhe-emos tudo quanto precisar. Havemos de conseguir o transporte rápido das tropas, do equipamento e o pronto auxilio aos feridos.
Todas as empresas devem intensificar o seu trabalho e produzir cada vez mais equipamentos, de quantos tipos... iniciaremos uma luta sem quartel contra desertores e causadores de pânico... Destruiremos espiões, diversionistas e pára-quedistas inimigos...
Sempre que unidades do Exército vermelho sejam obrigadas a recuar, todo o material rodante ferroviário há de ser também retirado. Ao inimigo não se deixará uma única máquina, uma libra de pão ou uma latinha de óleo. Os kolkosianos sairão com todos os seus animais, entregarão ao estado suas reservas de cereais para o envio à retaguarda... Tudo o que não puder ser carregado será destruído, seja cereal ou ferro, combustível ou metais não-ferrosos ou qualquer outra propriedade de valor.
Nos território ocupados hão de se formar unidades de guerrilheiros... Haverá grupos diversionistas para combater as unidades inimigas, para difundir por toda a parte a luta de guerrilhas, para dinamitar e destruir as estradas e as pontes, os fios de telégrafo e os dos telefones; para incendiar as florestas, os depósitos do inimigo, os seus comboios na estrada. Nas regiões ocupadas, condições insuportáveis hão de se criar para o inimigo e seus cúmplices, que serão perseguidos e caçados a cada passo...
(...) Um Comitê de Defesa do Estado acaba de ser formado para cuidar da rápida mobilização dos recursos do país; todo o poder e a autoridade do Estado estão nele investidos. Este Comitê já começou a trabalhar e convocou todo o povo a unir-se em torno do partido de Lenin e Stalin e do Governo para o apoio decidido e abnegado ao Exército vermelho e à Marinha para a derrota do inimigo, pela nossa vitória... O imenso poder popular será empregado para esmagar o inimigo. Avante! À vitória!
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