sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CONCLUSÕES

“Não morreremos de velhos, morreremos das velhas feridas.”
Semion Gudzenko (1922-1953)

A guerra germano-soviética ocupou um capítulo a parte na história da Segunda Guerra Mundial, principalmente pela ferocidade com que foi travada e pelo grau inaudito de destruição que provocou. Conforme o conflito foi se estendendo por boa parte da Rússia ocidental e se prolongando por quatro anos, terminou por ganhar dimensões épicas. Stalin tentou inicialmente dar um cunho ideológico ao ataque nazista, querendo entender que se tratava primordialmente de um enfrentamento entre o comunismo e o fascismo europeu. Hitler talvez pensasse o mesmo no começo. Mas o ódio que a ocupação da Rússia despertou entre os seus habitantes e as crescentes atrocidades dos invasores fizeram com que ela descambasse para uma guerra étnico-racial. Logo os comunistas trataram de defini-la como a Grande Guerra Patriótica, procurando com isso atribuir-lhe um cunho nacional-patriótico, chamando para as suas fileiras os nacionalistas e os anticomunistas que ainda sobreviviam no país, para formarem uma poderosa frente de resistência. Não se tratava mais de comunistas contra fascistas, mas do povo russo inteiro contra o que o escritor Ilya Ehremburg chamou de a "praga de gafanhotos", os alemães. E de fato, foi em solo russo que a Alemanha perdeu mais de 70% dos seus efetivos (cerca de três milhões de baixas).


A Vitória Soviética

Depois de terem sido detidos em Leningrado (cercada durante 900 dias) e na frente de Moscou, em dezembro de 1941, duas outras batalhas colossais colocaram fim nas possibilidades de vitória nazista. A primeira delas foi travada na cidade de Stalingrado, à beira do rio Volga, que culminou na rendição do 6.º Exército Alemão, comandado pelo marechal von Paulus, no dia 1.º de fevereiro de 1943, que provocou uma perda de 300 mil homens. A segunda foi a batalha de Kursk, ocorrida no sul da União Soviética e que tornou-se maior batalha de blindados de todos os tempos, quebrando para sempre a capacidade ofensiva do exercito alemão. Dali em diante, o exército vermelho, ao preço exorbitante de cinco milhões de baixas, tomou a contra-ofensiva em toda a extensão do front, até que, finalmente, os marechais soviéticos Zuhkov e Konev entraram numa Berlim completamente destruída, em abril de 1945, obrigando a Alemanha nazista à rendição final no dia 8 de maio daquele ano mesmo.

Bandeira soviética erguida sobre o Reichstag (2 de maio de 1945)

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