Este blog ficou uma semana sem atualização. É que seus editores estiveram envolvidos até a alma na militância tradicional, aquela do contato físico, do debate de idéias, da troca de olhares.
As últimas pesquisas antes da eleição já foram divulgadas. Sensus, Vox Populi, Ibope e Datafolha. Todas elas apontam a eleição de Dilma Rousseff. A margem varia de 10 a 15% dos votos válidos. Será a primeira mulher presidente da nossa história.
Bagagem, capacidade e história para isso ela já mostrou ter. Foi a coordenadora de um governo, liderado pelo carisma incomparável de Lula, que se finda com 83% de aprovação, um recorde e parâmetro complicado para futuras comparações.
Mas tudo isso foi eclipsado pela campanha em si. O adversário, representante da elite local e de grupos econômicos internacionais despejou cobras e lagartos num marketing que, apesar do gosto duvidoso e da lamentável ausência de ética e escrúpulos, se mostrou eficiente, pois alavancou um péssimo candidato (arrogante, antipático) sem propostas (até hoje não foi registrado no TSE um programa de governo) ligado a interesses impopulares (chegaram a negociar nossas riquezas no meio da campanha!) a 40% do eleitorado.
Esse número merece uma reflexão. Atividade posterior; por agora, apenas afirmamos que a imprensa comercial, o PIG é responsável direto por esse número. Apostaram suas fichas, as mesmas utilizadas na manutenção de seus privilégios, numa bolinha de papel, supostamente atirada num candidato que, de tão impopular, já havia sido alvo de ovadas, por pelo menos duas vezes na sua inglória carreira.
Há quem enxergue pluralidade, como nas corajosas posições assumidas pela TV Record, e as Revistas Carta Capital e Istoé. Ou ainda na dubiedade da Band (que participou da CONFECOM) e SBT (que desmontou a farsa da bolinha). Porém, numa cidade como a que eu moro, não existem bancas de jornais, a conexão de internet é precária e o único canal disponível sem parabólica é a TV Globo.
É aguardado com ansiedade o tratamento que a comunicação receberá do próximo governo.
Porque durante esse pleito eleitoral, quem segurou o rojão foi a militância. Ela (nós), que ainda tem a hercúlea tarefa de legitimar o governo que será atacado desde antes da posse, por essa elite retrógrada que espuma através do PIG. Militante, termo que, inexplicavelmente, no Brasil tem uma conotação negativa, mas mereceu de Pepe Mujica(*) essa bela homenagem:
As últimas pesquisas antes da eleição já foram divulgadas. Sensus, Vox Populi, Ibope e Datafolha. Todas elas apontam a eleição de Dilma Rousseff. A margem varia de 10 a 15% dos votos válidos. Será a primeira mulher presidente da nossa história.
Bagagem, capacidade e história para isso ela já mostrou ter. Foi a coordenadora de um governo, liderado pelo carisma incomparável de Lula, que se finda com 83% de aprovação, um recorde e parâmetro complicado para futuras comparações.
Mas tudo isso foi eclipsado pela campanha em si. O adversário, representante da elite local e de grupos econômicos internacionais despejou cobras e lagartos num marketing que, apesar do gosto duvidoso e da lamentável ausência de ética e escrúpulos, se mostrou eficiente, pois alavancou um péssimo candidato (arrogante, antipático) sem propostas (até hoje não foi registrado no TSE um programa de governo) ligado a interesses impopulares (chegaram a negociar nossas riquezas no meio da campanha!) a 40% do eleitorado.
Esse número merece uma reflexão. Atividade posterior; por agora, apenas afirmamos que a imprensa comercial, o PIG é responsável direto por esse número. Apostaram suas fichas, as mesmas utilizadas na manutenção de seus privilégios, numa bolinha de papel, supostamente atirada num candidato que, de tão impopular, já havia sido alvo de ovadas, por pelo menos duas vezes na sua inglória carreira.
Há quem enxergue pluralidade, como nas corajosas posições assumidas pela TV Record, e as Revistas Carta Capital e Istoé. Ou ainda na dubiedade da Band (que participou da CONFECOM) e SBT (que desmontou a farsa da bolinha). Porém, numa cidade como a que eu moro, não existem bancas de jornais, a conexão de internet é precária e o único canal disponível sem parabólica é a TV Globo.
É aguardado com ansiedade o tratamento que a comunicação receberá do próximo governo.
Porque durante esse pleito eleitoral, quem segurou o rojão foi a militância. Ela (nós), que ainda tem a hercúlea tarefa de legitimar o governo que será atacado desde antes da posse, por essa elite retrógrada que espuma através do PIG. Militante, termo que, inexplicavelmente, no Brasil tem uma conotação negativa, mas mereceu de Pepe Mujica(*) essa bela homenagem:
"Que seria deste mundo sem militantes?
Como seria a condição humana se não houvesse militantes?
Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super-homens e não se equivoquem.
Não, não é isso.
É que os militantes não vem para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos.
Ao fim e ao cabo, o progresso da condição humana requer inapelavelmente que exista gente que se sinta muito feliz em doar sua vida a serviço do progresso humano.
Porque ser militante não é carregar uma cruz de sacrifício.
É viver a glória interior de lutar pela liberdade em seu sentido transcendente".
Como seria a condição humana se não houvesse militantes?
Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super-homens e não se equivoquem.
Não, não é isso.
É que os militantes não vem para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos.
Ao fim e ao cabo, o progresso da condição humana requer inapelavelmente que exista gente que se sinta muito feliz em doar sua vida a serviço do progresso humano.
Porque ser militante não é carregar uma cruz de sacrifício.
É viver a glória interior de lutar pela liberdade em seu sentido transcendente".
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